Ultrassom minúsculo faz exames cardíacos com resultados em tempo real; veja

Saúde

Um grupo de pesquisadores criou um dispositivo de ultrassom que consegue fornecer imagens detalhadas do coração em tempo real. Portátil e conectado à pele, a tecnologia funciona enquanto a pessoa se movimenta, calculando automaticamente o volume do ventrículo e gerando estatísticas de desempenho — o que pode ser benéfico, principalmente, para atletas com doenças cardíacas.

imagem: artigo Nature

O equipamento usa transdutores piezoelétricos (ou seja, movidos a pressão) para realizar imagens de tecidos profundos. Eletrodos de metal líquido extensíveis dão suporte ao gerador de imagens de ultrassom, garantindo que o dispositivo permaneça próximo à pele. Conforme divulgado pelo tabloide Engadget, projetos anteriores de ultrassons vestíveis eram limitados no que diz respeito ao design, o que a nova versão consegue contornar.

E não para por aí, a tecnologia é tão versátil, inovadora e avançada que, possivelmente, poderá ser aplicada a outros órgãos, e não apenas ao monitoramento do coração; o sistema de ultrassom vestível pode ser redirecionado para uso na coluna, fígado e veias. Sob esse prisma, a tecnologia poderia fornecer liberdade a muitos pacientes e atletas que, de outra forma, precisariam visitar clínicas ou hospitais para compartilhar dados sobre suas condições.

Imagem: reprodução artigo Nature

Contudo, embora os resultados sejam promissores, o dispositivo ainda tem um longo caminho a percorrer até a definitiva produção. Segundo os cientistas, a ideia é ‘miniaturizar’ ainda mais o sistema, que ainda precisa de conexão a fim de processamento externo por meio de um cabo que seja flexível — se distanciando ainda mais das antigas versões, maiores e mais pesadas.

A equipe também espera melhorar a resolução espacial por meio de algoritmos melhores e usar um conjunto de dados de treinamento de Inteligência Artificial (IA) que possa refletir melhor a população em geral. O estudo completo com detalhes do miniultrassom vestível foi publicado na revista científica Nature.